quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sobre: Partidas

Acho incrível o fato de como as pessoas gostam e insistem em se iludir. Você gosta, se ilude, e a pessoa vai embora. 
Não quero mais ter de passar por despedidas, noites mal dormidas, coração partido.
A algum tempo, fui do tipo que abria a porta do meu coração de cara para qualquer pessoa legal que viesse tocar a campainha.
A ordem sempre foi: Abrir a porta, convidar para entrar, não querer que fosse embora e ter de deixar ir da maneira mais dolorosa para mim.
Nunca quis visitas. Só queria estadias que durassem mais de alguns meses.
Sempre que alguém ia embora de mim, acabava levando uma parte aqui de dentro. Talvez seja por isso que eu esteja cada vez mais vazia.
Hoje pela manhã, assim que acordei, me olhei no espelho e me vi estressada, preocupada e perto de estar apaixonada. Me vi abrindo a porta aqui de dentro, de novo. Dessa vez, pior ainda, estava abrindo portas por mais sorrisos e palavras do que atitudes.
Olhei minha imagem cansada e talvez já iludida e me prometi que antes de abrir mesmo a maldita porta, vou me lembrar de que as pessoas fingem, de que as pessoas mentem, de que sorrisos podem ser falsos e de que palavras podem ser ditas sem significado algum.
Antes de que hajam mais partidas, vou começar a evitar as chegadas.
Quanto mais o tempo passa, mais seletiva eu fico. Não quero ninguém mais indo embora. Não quero mais me sentir vazia. Quero o verdadeiro, o concreto, quero que as pessoas que eu gosto, permaneçam.

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