Não estou me definindo, nem me limitando, isso nem seria
possível já que em um minuto sou açúcar, no outro vinagre e no seguinte
pimenta. Sim, sou doce, azeda e ardida e cada um tem o tempero que merece. Rock
me revira. Lugares altos me libertam. Música errada no momento certo me tira do
sério. Pessoa certa no momento errado também. E vice versa. Confesso, não sou
fácil, ao contrário disso, sou puro drama. Saudade me magoa e detona com a
menininha guardada aqui dentro, a mesma que ainda sonha em mudar o mundo. Já me
iludi muito, mas já me surpreendi bastante também. Me encontro quando me perco,
nos livros. Meu refúgio, meu esconderijo já que eles não me traem, não mentem.
Escuto o barulho da chuva, a água pingando, pego o som e descrevo a água. Um
porre de palavras me embriaga. Já que a moda a moda dos anos 2000 é estar sempre
bêbada, vivo bêbada, bêbada de poesia e essa tem a melhor ressaca, não aquela
que você acorda no outro dia parecendo ter sido mastigado pelo demônio, mas
aquela sutil que mata de prazer.
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