terça-feira, 27 de março de 2012

Mais um caso por acaso.


Era um dia normal de verão, 8 de março de 2008. Ela chega da escola e como sempre arruma seu quarto e liga o computador.
Havia então um novo convite de contato em uma das suas redes sociais (ei menina, psiu, se eu fosse você não aceitava não!) ela então resolveu aceitar e ver no que dava.
Ele era bonito, fofo, convencido, chato, parecia apaixonado, ele mentia bem... Seu maior defeito era não prestar. Sempre a chamava de anjo. Cantava para ela. E apesar de sempre apontarem os defeitos dele, ela sempre acreditou no que ele era com ela.
Ela viaja e quando volta ele está de namorada nova. Mas o que havia acontecido com todas aquelas promessas? Se ela era o anjo dele, por que ele a tinha abandonado?
Anos se passaram e o fantasma dele ainda a assombrava. Como podia amar tanto alguém? Ela não entendia, apenas sentia. Sentia falta. Sentia saudade. Sentia vontade de estar junto.
Agora já fazia 3 anos e um pouquinho mais, 7 de maio de 2011, rodeio, os dois se reencontram. Ela dizia que odiava e odiar é se importar, se importar é a forma mais autêntica de amor, de amar.
Ele estava "solteiro" e ela também. A diferença é que ela estava solteira de verdade, ele não.
Provocações, brigas bobas, olhares apaixonados, xingamentos. Até que se renderam. Tudo começou com um beijo no pescoço (o mesmo que ela sente até hoje se fechar os olhos). Ele cantou como antes no ouvido dela. Se beijaram. Naquele momento, eram só os dois. Era como se estivessem no vácuo. Fora de órbita. Não precisavam de nada além de sentir um o outro naquele instante.
O dia amanheceu e era preciso volta à realidade. Ela descobriu que ele ainda estava namorando e passou o resto do final de semana chorando. Decidiu então que era a vez de ele sofrer um pouco. Vingança era o seu segundo nome.
Final de semana seguinte saiu com o melhor amigo dele para se vingar. Começou a namorar. Ela conseguia provocar. Ele ligava, gritava, xingava.
Adivinhem o que aconteceu? Ele largou da namorada no momento em que viu que estava perdendo ela.
Quanto mais ele corria atrás, mais ela pisava. Ele não desistia.
Em certo momento ela cedeu, quem sente saudade, em algum momento esquece o orgulho e o problema mora aí.
Viviam aos trancos e barrancos. Ele puxava o cabelo dela. Ela mordia forte a boca dele. Ela era uma burra. Mas era a burra dele. Ele era um otário. Mas era o otário dela.
O problema é que ela gostava de fazê-lo sofrer. E seus jogos não paravam nunca.
Continuou aprontando. Fê-lo sofrer o dobro. Ele se cansou e foi embora. Por um tempo quem sofreu foi ela com a partida.
Hoje há dias em que ela acorda pensando e sentindo o cheiro dele. Não se falam mais. Não se veem mais. Ele a chamava de anjo, mas a verdade é que ela nunca soube voar. A vida acabou com os sentimentos dela e só deixou a saudade. Prazer, ela sou eu. De todas as lembranças a dele é a que mais dói. Esquecer completamente não esqueci, mas esqueci de alguma forma.
Depois de tanto pensar, concluí que quando a única coisa que une duas pessoas é o passado... Não existe futuro.
E mesmo que esqueçamos alguma coisa... Alguma coisa jamais nos esquecerá.

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