quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tempo x Solidão

Busquei inspiração, desisti, virei para o lado pra tentar dormir, vi a lua pela janelinha do avião. Acho que encontrei a minha inspiração. A gente combinava em tantas coisas né? Pensamentos, metas, gostos musicais, até os medos eram os mesmos, mais sobre tudo a gente falava da lua, todas as brisas, todas as besteiras ditas a gente conseguia se entender. Estranhos, fofos, com tempo limitado. Você me fazia tão sua, me fazia tão eu. Acho que acabou mesmo né? Desde o inicio eu sabia que acabaria exatamente como acabou, mas parece que eu gosto de me iludir. Você insiste pra que eu entre no seu jogo e siga suas regras. E eu queria jogar só pra ver você perder. Acontece que eu jamais ficaria presa pra sempre nisso. A vida segue, as coisas mudam, os sentimentos mudam também. Acredito que coisas boas se eternizam em lembranças, em sentimentos bons, e o que não serve mais muda, se transforma e se apaga com o tempo. Tempo, o glorioso tempo. O milagroso tempo. O exaustivo tempo. Acredito em tempo ao tempo, mesmo que eu me sinta uma pessoa fraca esperando demais que as coisas se ajeitem sozinhas. Sozinha? É, sei como é ser sozinha, sei como é se sentir sozinha. Não é legal. É triste. E parece que eu estou cada vez mais solitária, talvez por esperar demais das pessoas. Talvez por esperar demais do tempo.

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